Olhar o próximo como um semelhante e lhe estender a mão na hora da necessidade é um dos princípios que regem da Fraternidade sem Fronteiras (FSF) e, movido por esse sentimento, Cândido Amarílio Carneiro, policial federal aposentado, junto com sua esposa, Maria da Conceição Alves Nonato Carneiro, viu no simples ato de vender papéis reciclados uma oportunidade de ajudar as crianças acolhidas pelo Jardim das Borboletas e fazer parte desse projeto que tenta amenizar as dores e tornar suportáveis os desafios de conviver com a Epidermólise Bolhosa (EB), doença rara e incurável.
Porém, o espírito de fraternidade do casal vem antes de ter contato com a FSF, pois, em 2014, seu Amarílio e Dona Ceiça, como são conhecidos, juntavam os papéis recicláveis e revertiam os recursos das vendas em benefício de centros espíritas na cidade de Guarapari (ES).
Em 2018, quando visitou Campo Grande (MS), o casal teve o primeiro contato com o trabalho desenvolvido pela Fraternidade sem Fronteiras, por meio de II Encontro FSF e, desde aquele dia, são padrinhos do projeto Brasil, um Coração que Acolhe. Determinados a fazer uma doação além do apadrinhamento, em abril de 2019, resolveram repassar os recursos das vendas do material reciclável para a Fraternidade e, segundo ele, movido pelas coisas do coração, desde novembro do mesmo ano, as doações são feitas exclusivamente para o Jardim das Borboletas.
Ele explica que a ideia central é prestar assistência com recursos provenientes do próprio esforço e, de quebra, ainda contribuir para uma consciência ecológica. Desde então, construiu uma rede de apoio na qual os papéis são doados por escolas, empresas, revendedores de jornais e donas de casa.
Ainda esclarece que não é possível recolher e vender outros tipos de materiais, uma vez que não possui uma estrutura adequada para armazenamento de grandes volumes, então, trabalha apenas com livros, cadernos, agendas, revistas, jornais, aparas de papel e cartolina, bem como embalagens de medicamentos e de creme dental e tubos de papel higiênico e papel toalha, entre outros que forem adequados para reciclagem.
“A nossa motivação provém do sentimento de piedade, ou seja, dessa atração que nos move para as necessidades do
próximo, essa atividade nos deixa satisfeitos por nos sentirmos úteis e ocupados.Sei que fazemos um trabalho ‘formiguinha’ e aos poucos vamos formando em nós e repassando aos outros uma melhor conscientização ecológica. Somos gratos também por essa tão despretensiosa atividade nos permitir oferecer um pouco de ajuda humanitária”, declara.
Para Aline Teixeira, fundadora do Jardim das Borboletas, essa é uma atitude muito nobre que não tem efeito apenas no tratamento das crianças, mas também no meio ambiente e no coração de quem recebe essa ajuda tão valiosa. “ É algo tão nobre e lindo. Somos gratos pois a atitude dele nos permite ajudar cada vez mais e acreditar em um mundo melhor”.
Vale lembrar que o auxílio prestado pelo Jardim das Borboletas às crianças diagnosticadas com Epidermólise Bolhosa (EB) só é possível graças aos corações generosos como o de Cândido Amarílio e Maria da Conceição, que apadrinham o projeto por meio da Fraternidade sem Fronteiras ou fazem doações avulsas. Independente da forma que é feita, toda ajuda é sempre muito bem-vinda!
Quer ser mais um coração nessa corrente de amor e nos auxiliar a continuar acolhendo mais borboletinhas? Acesse o link, conheça o projeto Jardim das Borboletas e apadrinhe!