Colaboração: Julia Renó
“Me despertou cada vez mais para uma parte importante da vida que é olhar para o próximo com o olhar fraterno, que é ser solidário e dividir o que você tem e fazer o bem.” Essas são palavras de gratidão do padrinho e voluntário da Fraternidade sem Fronteiras (FSF), Rodrigo de Freitas, que expressa o sentimento de muitos corações que estão se doando ao próximo diante do atual cenário que impõe o isolamento social, devido a pandemia do Covid-19.
Muitas famílias em situação de vulnerabilidade social viram suas perspectivas mudarem desde que a propagação do novo Coronavírus começou, pois, além de afetar o cenário social, a pandemia também teve reflexos na economia. Como forma de amenizar algumas dificuldades sem expor essas pessoas ao perigo do contágio, a FSF lançou a campanha Viver Fraternidade, que pretende atender milhares de crianças e famílias no Brasil e na África por meio de arrecadação de cestas básicas e, como forma de somar forças, conta com o valioso auxílio de seus voluntários e padrinhos.
Graças ao empenho de muitos, a mensagem da FSF está chegando em diversos corações e um dos meios adotados para fazer a campanha se propagar foram as lives musicais. Além de personalidades como Alok e Lucas Lucco, contamos com um espaço no show das duplas Filipe Nogueira e Alexandre e Frederico e Cristhiano, intermediados por Rodrigo que se diz satisfeito com o resultado.
“Eu, sinceramente, fiquei surpreso com o resultado das lives que a gente ajudou a organizar porque teve um resultado muito bom. Na hora que você vê o número de cestas arrecadadas é muita felicidade porque cada cesta significa uma família que vai ser alimentada, isso enche o coração de alegria”, explica Rodrigo.
Ele conta que conheceu a organização por meio do diretor de Relações Públicas da FSF, Andrei Moreira, e que a partir da primeira caravana que realizou sentiu-se cheio de energia para participar e somar nesse movimento de amor ao próximo.
“Você está de corpo e alma no projeto e depois que volta e muda o olhar, você ressignifica muita coisa e vem de lá com gás pra fazer cada vez mais pelos projetos e pela Fraternidade. Por tudo que ela representa, a gente quer contribuir cada vez mais, então, você vem com muita energia para trabalhar em prol dos projetos.”relata.
Outros voluntários que se movimento para contribuírem com quem mais precisa nesse momento, são os voluntários do bazar fraterno de Campinas, que se viram na missão de alimentar pessoas em situação de rua desde que instituições que faziam esse trabalho paralisaram a distribuição de marmitas por medo do contágio pelo Covid-19.
“Aqui em Campinas, com a pandemia e o toque de recolher decretado em 20 de março, as ONGs que faziam esse trabalho de doar marmitas aos moradores de rua se recolheram e vimos uma necessidade de ajudar. Foi aí que o pessoal do bazar se juntou e formamos um grupo onde alguns cozinhavam, outros forneciam os alimentos e outros que iam pras ruas fazer essa distribuição.”, explica Naiana Parizatti Barreto, que é voluntária da FSF há quatro anos.
“Foram 2.488 refeições, mais de 3 mil garrafinhas de água, além de doações de roupas, agasalhos e materiais de higiene pessoal. Também pudemos auxiliar quatro dependentes químicos a procurar a internação”, expõe.
Esse auxílio foi prestado até meados de abril, pois as outras organizações retomaram o trabalho e estão amparando os moradores de rua da cidade. Agora, com a retomada das outras organizações que auxiliavam os moradores de rua, o bazar se concentra, neste momento em arrecadar e distribuir cestas básicas e cobertores para famílias carentes.
Quem também está trabalhando incansavelmente para que a ajuda chegue a quem mais precisa é a madrinha Iliana Barbosa, que está na FSF há dois anos. Ela explica que sentiu a necessidade de se movimentar em favor do próximo nesse momento delicado quando parou para pensar como estariam pessoas com menos recursos e condições de se manter: “Durante a pandemia observei algumas pessoas que são próximas a mim, diarista, manicure, massagista e até mesmo familiares passando muita dificuldade financeira. Então pensei: ‘Se para essas pessoas está difícil, imagina para os irmãos da periferia?’ E é realmente a situação é calamitosa.”
Para que as cestas básicas, produtos de higiene, roupas, calçados e cobertores sejam distribuídas de maneira igualitária, a voluntária se juntou com líderes evangélicos locais com os quais traçou uma estratégia que ao mesmo tempo não exclui ninguém e mantém todos em segurança em relação ao contágio.
“Mapeamos essas famílias e fazemos campanhas de arrecadação de doações. No dia e horário marcados levamos as doações a essas comunidades. São três famílias a cada 30 minutos para retirada das cestas. Para os acamados e famílias com muitas crianças ou que moram longe das igrejas, nós levamos até a casa.”
Além das famílias, as arrecadações também são revertidas para o lar de acolhimento Ecos de Esperança, onde moram 24 crianças e 150 famílias são atendidas em diversos projetos do local. Lá são necessárias cestas básicas, leite, fraldas e auxílio emergenciais.
Para ela, participar de ações voluntárias é sentir a presença de Deus em sua vida e na vida de quem é atendido.
“Eu sinto meu coração encher de amor, eu encontro resposta para todas as perguntas, eu sinto a presença de Deus em saber que uma família vai se alimentar pq nós estivemos ali.”, declara.
O momento pede que todos sejam mais humanos e a melhor forma de chegar a esse ideal é olhar o outro e ver suas necessidades. Não importa como ou onde este auxílio chegue desde que atenda quem mais precisa para que todos possam sair desse momento mais fortalecidos.
Quer se juntar a nós nessa corrente de amor? Clique aqui e conheça a campanha Viver Fraternidade. Doe quantas cestas puder e nos ajude a alimentar milhares de famílias.