Em dois dias de obra, foi encontrada água doce e de boa qualidade para o consumo e plantio
Por: Laureane Schimidt – assessoria de imprensa FSF
O projeto Acolher Moçambique, da Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF), iniciou a obra para a construção de mais um poço artesiano na aldeia de Namaacha Mutokomene, em Moçambique, na África. Em dois dias de trabalho, foi encontrada água doce e de boa qualidade que servirá para o consumo e plantio da comunidade. A estimativa é que a água beneficie cerca de 300 famílias.
“A obra já é considerada de grande sucesso. A perfuração contou com a presença das autoridades do bairro e de crianças da comunidade que não puderam conter a alegria e a emoção”, conta Alan Xavier, coordenador do Projeto Acolher Moçambique.
O próximo passo para disponibilizar a água é a construção de uma torre para a instalação da caixa d’agua, painéis solares e a bomba para puxar a água. Por enquanto, a obra precisou ser paralisada por causa da chuva e do forte vento que atingem a região. Assim que o tempo melhorar, as obras recomeçam e a previsão é de que em 30 dias tudo esteja pronto.
Atualmente, 20 centros de acolhimento da Fraternidade sem Fronteiras em Moçambique possuem poços e outras 10 ainda precisam da benfeitoria, são todas na região de Chicualacuala. Todas as obras são feitas a partir do apadrinhamento ao Projeto Acolher Moçambique.
“Precisamos fazer muito mais, pois há necessidade de mais poços e os custos são altos por conta da profundidade e por conter rochas no solo. O valor necessário para as novas obras pode chegar a R$ 200 mil”, explica Alan.
A importância da água – A perfuração de poços é uma das soluções para suprir o abastecimento de água limpa nesses locais. Desde 2015, a Fraternidade sem Fronteiras (FSF) tem se empenhado em melhorar a saúde e a qualidade de vida de famílias em diversas aldeias de Moçambique. O consumo de água suja e a falta de saneamento básico têm como a principal causa da mortalidade infantil, além de doenças graves – como a diarreia, sarampo, tungíase, entre outras -, a falta de água também impossibilita o plantio de alimentos e gera mais fome na região.
Os poços construídos nos centros de acolhimento da FSF são o principal ponto de coleta de água limpa para as comunidades próximas. Os primeiros poços perfurados, em 2015, possibilitaram a subsistência de famílias em Moçambique por meio do plantio de alimentos. O custo para a perfuração de cada poço artesiano varia conforme a profundidade da água. Antes disso é necessário realizar estudo geofísico para identificar o local a ser perfurado.