Estrutura de palha, argila e fraternidade
Uma família está contratada para cortar o capim, outra para extrair a madeira, outra para retirar a argila. Assim, envolvendo a comunidade, vamos erguendo as novas estruturas das unidades de acolhimento em Mahatlane, Muzumuia e Dingue. O recurso para as três construções foram doados à Fraternidade Sem Fronteiras.
Ao planejar a obra, a preocupação era de que fosse duradoura e respeitasse a identidade da cultura local. Armando Banzi, um dos coordenadores do projeto na África, ficou responsável por fazer esse estudo.
O resultado é uma combinação de argila, madeira, cimento e palha. O espaço será maior e mais arejado. Vai ter cozinha, refeitório, sala administrativa, sala para reforço escolar, escovódromo e banheiros. Tudo simples, tudo pensado com amor.
Em Mahatlane, onde as obras iniciam, há outro grande desafio, a falta de água. Não cai uma chuva boa na região há 13 anos e a seca impõe graves padecimentos. Com a ajuda de muitos, esperamos perfurar um poço e ofertar água para as famílias que hoje passam o dia com apenas 20 litros.
As novas estruturas devem ficar prontas até julho. Depois, é seguir adiante para implantar o modelo nas 10 unidades. Será um ambiente mais acolhedor para as 3500 crianças atendidas no lugar mais pobre do mundo.