Este ano, a Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) conseguiu agregar ao projeto Brasil, um coração que acolhe uma nova frente de trabalho: a sustentabilidade. Entre as atividades instaladas nos dois centros de acolhimento estão: um sistema de Aquaponia, criação de peixes e produção de plantas e alimentos sustentáveis, um Biodigestor, sistema gerador de gás de cozinha a partir da decomposição de alimentos, e também, a partir de agora, o cultivo de hortas.
No Espaço Emergencial 13 de Setembro, nunca houve uma horta, e a sugestão da comunicação foi de fazer uma na posição vertical, usando garrafas pet. Já no São Vicente 2, os acolhidos revitalizaram o local de uma antiga horta criada pela comunidade em 2019, quando um casal de idosos eram os responsáveis pela manutenção da atividade.
“Aramos a terra, removemos o mato, colocamos as sementes, pintamos as cercas, devolvemos vida a ela”, detalhou Mateus Guimarães, analista de Projetos Sustentáveis do projeto “Brasil, um coração que acolhe”. Foram semeados dois tipos de pimenta, cebolinha, salsinha e alho poró, tudo será usado para o consumo próprio da comunidade.
A Elisany Viera, de 10 anos, disse: “Eu gosto de plantar, de regar as plantinhas e dos peixes da aquaponia”. Aos poucos, as atividades seguem avançando. “A partir de agora a comunidade será a responsável em manter e cuidar dessas estruturas. Além disso, iremos propor a criação de um comitê de gestão para a organização, fiscalização e atenção aos cuidados”, explicou Kamyla Ferreira, voluntária do projeto em Boa Vista.
“Eu acredito que eu posso cuidar do jardim, limpá-lo todos os dias”, disse Eleazar Molina, de 13 anos.