A iniciativa é coordenada por uma moradora de Jundiaí-SP, voluntária da Fraternidade sem Fronteiras
Por: Maria Claudia Miguel – assessoria de imprensa FSF – Campinas-SP
Um grupo de artesãs malgaxes, da Ilha africana de Madagascar, tem produzido bonecas para o Natal de seus filhos e dos filhos das mães das aldeias. A ação, realizada por um coletivo de voluntários da Organização humanitária Fraternidade Sem Fronteiras (FSF), é coordenada, no Brasil, pela psicóloga voluntária Regina Helena de Oliveira, radicada em Jundiaí (SP).
De que forma cada um pode participar da iniciativa? Simples. Na doação de R$ 30,00, uma criança é presenteada com o brinquedo e, ao mesmo tempo, essa verba contribui para garantir alimentação a um povo que enfrenta grave crise humanitária: a desnutrição.
Regina faz parte da FSF desde 2016, e já participou de caravanas para Moçambique e Malawi, ambas na África. Ela explica que mergulhou nessa ação natalina a partir de um projeto maior que acontece há 20 anos e consiste na realização do Natal em lugares de vulnerabilidade e de extrema pobreza, sempre com o empenho de um grupo de amigos. “Já fizemos o Natal em Jundiaí e no Vale do Jequitinhonha”, conta.
Após conhecer os projetos da FSF, em conversa com o presidente da Organização, Wagner Moura Gomes, foi sugerido e realizado o Natal Ubuntu, no Malawi, em 2018.
Logo no início deste ano, ainda com a África no pensamento, Regina entrou em contato com a médica Janayne Camargo e outros voluntários da FSF na Ilha, que fazem parte do Projeto Ação Madagascar da FSF, que foram decisivos para os novos passos do que seria o Natal em Madagascar. “Com a chegada da pandemia, os planos iniciais de uma atuação mais presencial precisaram ser adaptados, e foi quando Janayne comentou sobre o grupo de artesãs e a importância do fomento à cultura local”. Assim a ideia ganhou forma.
As bonequinhas criadas pelas mulheres algaxes transcendem qualquer engenhoca mais potente: são de palha, adornadas com retalhos, botõezinhos coloridos e trazem a força amorosa da simplicidade.
“Doar uma boneca é mais que um presente de Natal”, afirma a voluntária, citando outras frentes de conquista, como o sentimento lúdico da criança, a comida para a população e a autonomia e renda às mulheres que tecem, com amor, as linhas que dão forma a estes brinquedos: “símbolo de amor e união de muitos corações”.
Com o olhar voltado a um mundo mais igualitário, Regina tem outra empreitada no radar: quer lançar, após o Natal, a campanha Geração de Renda Viver Fraternidade, onde os amigos possam auxiliar o projeto de forma contínua. Conforme as doações forem chegando, os pedidos serão encaminhados às artesãs malgaxes.
“Quando você consegue imaginar a alegria daquelas mulheres de Madagascar – que às vezes sentem que o mundo se esqueceu delas – produzindo algo genuíno da sua cultura para que o mundo possa apreciar, é de uma dignidade, de uma riqueza profunda, única”, observa Regina, determinada a fazer sua parte para um mundo sem fronteiras.
Para doar, acesse o endereço: https://fraternidadesemfronteiras.colabore.org/natalmadagascar/single_step