Em dez anos de trabalho desenvolvido em prol do bem comum, a Fraternidade sem Fronteiras (FSF) conseguiu mudar a realidade de diversas crianças e famílias no Brasil e na África, o que só foi possível graças a união de esforços de pessoas que se sentiram tocadas pelo sentimento de fraternidade e apadrinharam a causa. Muito já foi feito, contudo, ainda há muito a ser feito; tanto para manter o que já está desenvolvido, quanto para ter condições de atender cada vez mais pessoas.
Diversas são as iniciativas que auxiliam na manutenção dos projetos. Doações espontâneas, campanhas de arrecadação e eventos beneficentes: cada pessoa que doa, coloca uma semente nesse imenso jardim de fraternidade, que vem sendo cultivado aos poucos com muito carinho e alegria.
O apadrinhamento, que é a doação feita mensalmente, é o que dá sustentabilidade para os projetos e nos possibilita agir em regiões onde a fome e as doenças são as principais causas do desamparo de crianças e jovens. Especiosa Marge é um exemplo disso, uma das primeiras jovens acolhida pela FSF, que se tornou a primeira jovem do projeto Acolher Moçambique a entrar na universidade. Ela ingressou no projeto aos 11 anos de idade e, de acordo com suas palavras, não sabia o que seria de sua vida se não fosse a Fraternidade. Além dela, mais 11 jovens começarão a frequentar a faculdade ou curso técnico em 2020, devido a ajuda que recebem das doações mensais de padrinhos e madrinhas.
O pouco de muitos é o que faz a diferença
Embora existam muitas vidas que foram mudadas por meio do acolhimento da Fraternidade sem Fronteiras, ainda há objetivos a serem alcançados para consolidar projetos, como o Ação Madagascar, e dar sustentabilidade para os mais estruturados como o Acolher Moçambique – que já conta com uma boa estrutura, consequência da colaboração de voluntários e padrinhos.
“Às vezes, as pessoas falam que é muito pouco o que elas fazem, mas isso é um exemplo de que o pouco de muitos pode virar algo extremamente significativo. É importante o entendimento de que o pouco dentro de suas possibilidades é valioso, pois se pensarmos que não vai impactar, que R$50 não fará diferença, o projeto acaba. E é exatamente o contrário: Se todos compreenderem que a sua contribuição pode mudar a realidade das pessoas, o mundo muda”, enfatiza Wagner Moura, presidente-fundador da Fraternidade sem Fronteiras.
Quando teve a oportunidade de presenciar pela primeira vez o trabalho desenvolvido no projeto Acolher Moçambique, Auta Martins Marques, ou apenas Dona Auta, como é conhecida na FSF, voltou da caravana de novembro de 2019 cheia de esperança; mas também com vontade de proporcionar cada vez mais possibilidades para os atendidos.
“É incrível o que a Fraternidade sem Fronteiras tem feito, mas olhando de perto, pude entender que há muito para se conquistar, por exemplo, oferecer mais de uma refeição por dia e levar água para todas as regiões, o que ainda não temos como fazer”, ressalta.
Além de dar sustentabilidade e criar formas de independência às famílias acolhidas com oficinas de geração de renda, a Fraternidade sem Fronteiras também precisa de ajuda para estruturar cada vez mais os projetos que estão em desenvolvimento como o Ação Madagascar, Nação Ubuntu e Brasil, um Coração que Acolhe, cada um com suas necessidades.
A FSF também conta com a colaboração de corações generosos para abraçar ações de outras ONGS espalhadas pelo Brasil, unindo todos em um sentimento comum de amor ao próximo. Exemplo disso é o Jardim das Borboletas, iniciativa que acolhe crianças que lidam com o desafio da Epidermólise Bolhosa (EB), doença rara e incurável.
De acordo com Aline Teixeira, fundadora da ONG, hoje o Jardim atende 60 crianças, mas há uma fila de espera e todos os dias chegam novos pedidos de ajuda. Contudo, ainda não é possível cuidar de todas, pois o custo com medicamentos e curativos é alto, sendo assim, apenas por meio do apadrinhamento é possível alcançar todas as crianças que sofrem com essa doença.
Muitos passos já foram dados e a melhora na qualidade de vida de todos os atendidos pelos projetos, seja no Brasil ou na África, é visível. Porém, há um grande caminho a ser percorrido rumo ao objetivo de unir todos em fraternidade independente do país, idioma, religião ou etnia, fazendo com que a Fraternidade sem Fronteiras tenha um único pensamento: continuar fazendo mais para acolher todos que já estão e os que ainda vão chegar nesse lindo movimento.
Vamos juntos? Se você ainda não é padrinho ou deseja conhecer outros projetos, clique aqui e seja bem-vindo!