Instituto quer inspirar soluções por um mundo melhor e convida o movimento de Fraternidade sem Fronteiras a apresentar exemplo de projeto humanitário
Um projeto humanitário coloriu um dos lugares mais pobres do mundo, na África Subsaariana, e está transformando a vida de pessoas que viviam na extrema miséria no sul da ilha de Madagascar. O trabalho será apresentado no II Fórum Mundial Niemeyer, em São Paulo, dia 26 de agosto, durante palestra de Wagner Moura, brasileiro fundador e presidente da Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras. A ONG construiu a Cidade da Fraternidade, unindo voluntários e padrinhos da causa e, hoje, 100 famílias malgaxes que moravam em casas comparáveis às de cachorro, têm moradia digna e oportunidades.
Na área de 45 mil metros quadrados, doada à FSF por um apoiador brasileiro, começou a brotar o verde ao lado do colorido das casinhas de madeira. É o plantio ecológico, no modelo de agrofloresta, que vai reavivando o solo para oferecer trabalho e alimento à comunidade. Os moradores também aprenderam com voluntários do movimento a fazer biocarvão para uso próprio e a produção gera renda para as famílias. As ruas da vila ganharam nomes que inspiram a cultura de fraternidade e de três em três meses, às vezes menos, chegam caravanas de padrinhos do Brasil e outras partes do mundo para conhecer de perto o projeto e as pessoas do lugar.
“Nesta edição do Fórum, sentimos a necessidade de falar de humanidade, de valores que podem transformar a sociedade e construir um mundo melhor e, por isso, o convite para a Fraternidade, que é um movimento inspirador”, conta Maria Teresa Fernandes, diretora de desenvolvimento humano do Instituto Niemeyer e uma das organizadoras do evento, que integra as celebrações dos 30 anos do Memorial da América Latina, obra de Oscar Niemeyer. O talento e o pensamento do arquiteto brasileiro influenciaram gerações. Uma vez disse que “aos jovens não basta sair da faculdade como um ótimo arquiteto, mas como um homem que leu, que conhece as misérias do mundo e contra elas vai saber se manifestar”.
Ao falar sobre o tema “Projetos humanitários por um mundo melhor”, Wagner Moura, mostrará realidades e desafios de regiões onde a FSF atua e também conquistas possíveis, graças ao trabalho contínuo da Organização e aos padrinhos da causa. Um exemplo é Especiosa Marge, jovem moçambicana acolhida pela ONG quando tinha 11 anos, em 2010, que agora cursa o ensino superior. Chegar à faculdade de Biologia é algo com que sequer sonhava. Mas “o que Especiosa mais aprendeu com a FSF? A pergunta foi feita a ela pelo apresentador Luciano Huck, em entrevista no centro de acolhimento da FSF. “O amor ao próximo”, respondeu.
O aprendizado de Especiosa expressa, em essência, o ideal do movimento de Fraternidade sem Fronteiras e resume os valores da causa. “Métodos, sistemas, tecnologias, tudo isso é útil, mas o essencial, o indispensável para construirmos um mundo melhor é desenvolvermos uma mentalidade mais fraterna, porque precisamos uns dos outros, somos interdependentes, a partir dessa visão e desse sentimento tudo muda”, acredita Wagner Moura. Ele realizou a primeira viagem à África, em 2009, e de lá para cá milhares de pessoas vêm se unindo ao sonho de fraternidade. Os projetos do movimento que lidera oferecem mais de 400 mil refeições por mês e acolhem mais de 15 mil crianças africanas. Clicando aqui é possível conhecer todos os projetos da ONG e apadrinhar a causa ou escolher outras formas de ajudar.
Dia Mundial FSF
A FSF completa 10 anos de trabalho e lança o Dia Mundial Fraternidade sem Fronteiras. A proposta é a de que voluntários do Brasil e do mundo realizem, em um mesmo dia, 15 de novembro, ações para viver e incentivar a prática da fraternidade. “Um dia para inspirar todos os outros, porque na vivência da fraternidade, quando estamos uns com os outros em prol do coletivo, sentimos como é bom, e naturalmente desejamos continuar fazendo o bem, trabalhando por um mundo melhor”, reflete Wagner Moura.
As ações já realizadas por voluntários da causa, como almoços beneficentes, bazares, aniversários, shows, corridas, exposições culturais podem inspirar novos adeptos. Para unir e fortalecer o movimento, a ONG abriu um canal para a inscrição das ações, www.fraternidadesemfronteiras.org.br/diamundialfsf e no dia 15 de novembro vai divulgar nas redes sociais as iniciativas de voluntários de todo o mundo. A ONG já organiza também o IV Encontro Nacional da causa, em abril de 2020, em São Paulo, capital. “Os desafios humanitários são imensos, então, precisamos ser milhões sacudindo o mundo, acreditando que é possível, inspirando e fazendo acontecer”, idealiza Wagner Moura.
Serviço:
II Fórum Mundial Niemeyer
Palestra Wagner Moura – fundador e presidente da ONG Fraternidade sem Fronteiras
Local: Memorial da América Latina, em São Paulo/SP
Dia: 26/08
Horário: 9h20