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Bazar fraterno em Niterói

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Realizado duas vezes por ano, bazar chega à sexta edição neste domingo.

Às vésperas do Bazar da Fraternidade Sem Fronteiras, duas casas se dividem na produção dos últimos detalhes para este domingo, em Niterói. Na sala de Lenita, o sorriso das amigas não esconde a felicidade em meio às almofadas recém embaladas. Fraterno desde a organização, são muitas mãos que fazem o evento chegar até a cidade. Realizado duas vezes por ano, na sexta edição o que não falta é amor à causa.

Na organização direta, são pelo menos oito pessoas, mas se contar no dia, passa de 30 os voluntários que abrem o coração para ajudar. “Somos um grupo de amigos, mas é muita gente. Nós terminamos um bazar, já pensando no outro”, resume a advogada Lenita Cortes, de 55 anos. De Niterói, foi na capital mineira que ela conheceu a ONG, no Congresso da Fraternidade em 2013.

Juntos, os voluntários produzem 30% dos produtos do bazar, que correspondem a peças novas e se organizam em núcleos, atendendo sempre às reuniões quinzenais da organização. Uma ajuda que não se restringe e entra onde a porta estiver aberta. Quem abraça a ideia, encontra itens para casa, artesanato em geral, eletrodomésticos, eletrônicos e livros.

Quem prestigia não é um mero público. É quem sai das cidades vizinhas em caravanas por compartilhar da ideia. “A gente chama no boca a boca. Quando termina um bazar, pego os números de WhatsApp de todo mundo”, conta Lenita.

Na casa dela, as quatro mulheres que aparecem na fotografia estavam trabalhando e muito na etiquetagem dos produtos. “Mas trabalhamos felizes. Dá bastante satisfação. Porque às vezes você está triste por alguma coisa, mas foca na África e então respira e toca o barco. A gente sonha em abraçá-los”, descreve.

Não tem palavra que não saia sem sentimento. Lenita até tenta segurar, mas a emoção fala mais alto. “O que mudou na minha vida depois da ONG? Olha, eu vou chorar… Muda tudo, a nossa perspectiva, saber como eles vivem e como são gratos. Hoje eu sou uma pessoa mais forte”, compartilha. E a força dela contagia.

Um trabalho sem fronteiras não mede esforços. Ninguém explica como, mas quem se aproxima reconhece que também pode ajudar um pouquinho. “Não sei explicar como conseguimos voluntários, mas é porque a causa fala por si. A cada bazar você fica mais envolvido e isso te motiva”, explica. Motivação que se multiplica e espalha sem obedecer uma lógica.

Empresária, Egídia da Silva Araújo, é uma das recentes ajudas que chegaram ao bazar desde a última edição.

“Tenho pouco tempo, mas se cada um der um pouquinho do seu tempo… Vem a hora que der. Não dá para passar uma tarde, ok. Pode só uma hora? Venha, porque você começa a ter vontade, a querer ajudar, a trabalhar com vidas. A gente recebe um chamado e vê que as pessoas precisam, tanto os voluntários quanto a causa maior, as crianças”, acredita.

Desde o início do bazar, a Soprecam tem sido parceira na realização. A Associação dos Moradores do Bairro Camboinhas, sede do evento espera, de portas abertas.

O bazar será neste domingo, das 9h às 17h, na Rua Tabelião Luís Lebreiro, 313, em Niterói, no Rio de Janeiro.

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