Na live da série “Apadrinhar é amar”, com a madrinha Patrícia Ferreira, refletimos que apadrinhar é responder “sim” ao coração para servir
Por Karla Silva – estagiária de comunicação FSF
Morando em Maceió – AL, a advogada Patrícia Ferreira, engajada em trabalhos voluntários, conheceu a Fraternidade sem Fronteiras (FSF) por meio de um amigo. “Eu comecei a pesquisar e eu brinco que você não pode “desver” o que você já viu, porque eu conheci o projeto que tocou meu coração… Todos são lindos. Cada um que você vê, você se emociona e quer abraçar”.
Patrícia revela que fazer parte da família FSF como madrinha e voluntária foi por acaso, embora o acaso não exista. “Foi amor à primeira vista. Quando eu vi o nome Fraternidade sem Fronteiras, fui entender o porquê de o ‘sem fronteiras’. E foi muito interessante porque coincidiu com várias coisas na minha vida, na minha área de trabalho. Eu pesquisei sobre a realidade das fronteiras e me deparei com situações que a gente não imagina”.
Por encontrar situações tão diferentes das que vivenciava, Patrícia quis se doar um pouco mais, fazer a diferença longe das fronteiras de onde vivia. “Quem doa recebe mais do que quem está sendo ajudado. É se doar de coração, não é só o dinheiro. É lógico que o dinheiro ajuda, se tornar padrinho ou madrinha, você faz a parte de doar, e tem pessoas que agem diretamente no projeto. Se todo mundo fizer um pouquinho, a gente faz um montão e faz a diferença”.
Com um sorriso largo no rosto e alegria genuína, nossa madrinha diz que apadrinhar o projeto Nação Ubuntu/Malawi foi atender a um chamado. Foi agir com o coração que apenas respondeu ao impacto agradável que aquele primeiro contato causou em sua alma.
“A Clarissa (Pereira da Paz, coordenadora do projeto Nação Ubuntu) [apresentou] vários vídeos, inclusive foi a poucos dias, em que você se aprofunda mais e começa a imaginar a realidade do que as pessoas passam lá. Eu já perdi noites de sono com vontade de pegar um avião e ir para lá e fazer alguma coisa, te dá aquela ansiedade, né?! Ainda bem que tem a Fraternidade sem Fronteiras que está ali acalentando a gente, e sabemos que está ali fazendo alguma coisa. Eu sou muito grata pela oportunidade de ser madrinha desse projeto”.
Madrinha desde 2020, Patrícia ainda se surpreende com o Malawi. Apesar da realidade triste para muitas pessoas, o local destila solidariedade e fraternidade. Para ela, tornar-se madrinha desse projeto é transformador e algo que só pode ser entendido quando se apadrinha o projeto que toca o coração.
“Eu acredito que todo mundo tem que ter um propósito na vida. Muita gente fica triste, chateado porque não encontrou um propósito. Eu acho que se você servir o outro, se você encontrar um propósito em ajudar alguém, não tem nada mais bonito. Às vezes as pessoas ficam buscando tão longe, tão fora e às vezes é tão mais simples do que parece”, aconselha.
Patrícia aguarda ansiosa a oportunidade de participar de uma caravana, que em breve pode tornar-se realidade. Em dezembro, há a possibilidade de uma Caravana Emergencial de Saúde para Malawi e é claro que ela e o esposo já se inscreveram para participar juntos e fazer a diferença ao lado de outros corações fraternos. “Estou ansiosa de verdade. Eu vou sentir que realmente estou colocando em prática o que eu já venho acompanhando. Eu sei que eles precisam muito de comida, não tenho dúvida disso, o dinheiro ajuda muito, ele é fundamental. A gente sabe da realidade, são muitas crianças órfãs. A vontade é de abraçar e trazer tudo para casa. Mas, com certeza, muito feliz e com muito amor para dar”.
Com a intenção de servir, nossa madrinha é também voluntária na Fraternidade Maçônica em Maceió. Agora ela quer integrar aos trabalhos da loja maçônica os atendimentos e acolhimentos do projeto Fraternidade na Rua, da FSF. “A gente quer se juntar e fortalecer o trabalho voluntário para ajudar mais pessoas, porque essa é a função.”
E, com o propósito de união e amparo aos nossos irmãos, que perpassa o apadrinhamento, Patrícia diz que não precisa muito para tornar-se madrinha ou padrinho de algum projeto da FSF. Por meio do apadrinhamento, com a contribuição mensal de R$ 50,00, é possível assegurar a continuidade do trabalho de acolhimento dos 10 projetos da Organização. Mas, independente do valor, nossa madrinha acredita que precisamos carregar dentro de nós o amor. “Só precisa de uma coisa: amor. Mais nada. Porque na realidade não é o valor em si. Eu amo o slogan “Apadrinhar é amar”, realmente, para mim define. É isso mesmo, é amar, é servir! Independente do próximo estar lá na África, porque precisamos ter humanidade com o outro, do ajudar independente de qualquer circunstância. O amor, quanto mais você dá, mais ele cresce. É engraçado, você não vai ficando com menos, vai ficando com mais”, diverte-se.
Patrícia tem duas filhas e está prestes a se tornar avó pela primeira vez. O sentimento materno estende-se ao projeto Nação Ubuntu, é estar presente, cuidar, dar colo e contribuir para transformar vidas. “Quando você conhece a realidade, você perde aquele conforto de fazer só o seu, de olhar só para você. Então, quando eu vejo a minha casa, as minhas filhas, a minha netinha que está vindo, com o quartinho todo preparado, tudo bonitinho, eu sinto o quanto nós temos que ser gratos, o quanto nós somos abençoados, e às vezes a gente reclama sem nem ter a noção da realidade; como a Clarissa contou, agora, 52 mil refugiados vivem com 1 kg de soja e uma barra de sabão por mês. É uma realidade inimaginável. Então, toda vez que eu olho para minha casa, que eu olho para as minhas filhas, e que eu estou em casa, no meu lar, quando eu vou dormir eu, sempre oro e emano energia positiva, uma oração, porque mesmo eu não estando lá eu sei que tem gente que está lá, está cuidando.”
Quando pensamos no cuidado, pensamos também no apadrinhamento e no quanto esse gesto solidário pode contribuir para que uma nova história, um novo caminho seja percorrido por cada acolhido. “Eu posso dizer, sem medo de errar, que apadrinhar é uma das coisas mais lindas que a pessoa pode fazer como ser humano. Independente do projeto, é acolher uma vida, é ajudar um ser humano, é se doar, é fazer as coisas fazerem sentido. A vida é mais do que trabalhar e pagar boleto. Se cada pessoa chamar uma pessoa ela vai transformar a vida de tanta gente. A gente não transforma a vida de um, a gente transforma a vida de uma coletividade. Eu acredito [que] pequenas ações fazem toda a diferença. Cada movimentozinho que você faz em direção a alguma coisa que vai ajudar o próximo, ele causa um movimento maior e vai levando uma corrente e vai trazendo mais gente e, assim, a gente transforma o mundo. Se você não fizer pelo outro, faça por você, porque vai te transformar de uma forma tão grande que eu não sei nem explicar. Apadrinhe, apadrinhar é amar! E você vai fazer a diferença de uma forma tão significativa”, conclui.
Assista a live na íntegra clicando aqui. As lives são transmitidas pelo Instagram da FSF, às quartas-feiras, às 19h (horário de Brasília), com o objetivo de reforçar a importância do apadrinhamento. Além disso, são uma oportunidade para apresentar os padrinhos e madrinhas que mantêm os projetos da Organização. Para mais informações, entre em contato com a equipe de relacionamento pelo telefone (67) 4003-5538 e faça parte dessa grande família fraterna.