Essa foi a quarta transmissão ao vivo sobre os 10 projetos da Organização
Por Viviane Freitas, assessoria de imprensa FSF
A Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) encerrou a série de transmissões ao vivo realizada no mês de setembro sobre os 10 projetos que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social no Brasil e na África Subsaariana. Na última live realizada nesta quinta-feira (30) foram apresentados os quatros projetos apoiados pela FSF: Retratos de Esperança, Microcefalia, amor sem dimensões, Jardim das Borboletas e Chemin du Futur.
“Existem muitas causas e muitos desafios humanitários pelo Brasil e pelo mundo, mas temos a honra de caminhar juntos com muitas instituições humanas. É uma honra poder caminhar lado a lado dessas instituições sérias que fazem o trabalho continuado. É por isso que a FSF abraça todos esses projetos, porque é um só povo, um só coração, um só movimento de amor”, explica o fundador-presidente da FSF, Wagner Moura Gomes.
Todos os projetos são mantidos pelo apadrinhamento. Com R$ 50 mensais é possível contribuir com um projeto e fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Há uma nova modalidade de apadrinhamento lançada este ano, o apadrinhamento empresarial que também é uma contribuição mensal e permanente, a partir de R$ 500, direcionado a um ou mais projetos da FSF para todo tipo de empresa, independentemente do porte e segmento.
“Todo trabalho que fazemos só é viável por conta do apadrinhamento. Sem ele não é possível dar continuidade aos trabalhos pois o apadrinhamento é o oxigênio dos projetos. São pequenos atos de amor, a soma de grão em grão, que fazem toda a diferença na vida de milhares de pessoas”, explicou o diretor financeiro da FSF, Paulo Melo.
Em junho de 2018, a Fraternidade sem Fronteiras chegou ao Sertão da Bahia para apoiar o projeto Retratos de Esperança na construção de casas, reforço escolar, aulas de música e esportes. No mesmo estado, outro movimento abraçado foi o do Jardim das Borboletas, em Caculé – BA, para o tratamento e cuidados especiais às crianças diagnosticadas com Epidermólise Bolhosa (EB).
Quando a FSF abraçou o projeto Jardim das Borboletas, apenas 12 crianças eram atendidas. “Não tínhamos perspectiva de crescimento. Hoje, estamos presentes em 20 estados e temos 100 borboletas assistidas diretamente pelo projeto com apoio jurídico, nutricional, consulta médica, entre outros”, comemorou a coordenadora do Jardim das Borboletas, Aline Teixeira.
O custo do tratamento individual para cada acolhido com Epidermólise Bolhosa varia entre R$30 a R$40 mil por mês.
“Não é só uma ferida. Não adianta cuidar da ferida e não cuidar do psicológico ou da alimentação. Por isso, o apadrinhamento é extremamente fundamental. É necessário um grupo muito grande de padrinhos para cuidar de todas as borboletas assistidas, mas é possível, graças a todos os corações que se unem em prol da causa”, finalizou Aline.
O Sertão Baiano é uma das regiões mais sofridas do Brasil. Famílias inteiras sem nenhuma assistência e a grande maioria passa fome, além da desesperança. Um livro, composto por 84 fotografias registradas entre 2010 e 2017 se tornou o projeto Retratos de Esperança a partir do trabalho do fotógrafo, e hoje coordenador do projeto, Bismarck Araújo. Desde 2018 a FSF abraça a iniciativa e atualmente atende 124 famílias com pelo menos 500 pessoas.
A Vila da Esperança, uma iniciativa do projeto Retratos de Esperança, apoiado pela FSF, localizada em Canudos (BA), tem 20 casas em alvenaria para substituir as moradias de taipa (conhecida como pau a pique), sem cômodos como cozinha, banheiros ou até quartos. As obras beneficiam 17 famílias com crianças residentes na zona rural do Rio do Vigário.
“Decidimos construir a vila para que pudéssemos desenvolver comunidades autossustentáveis para gerar uma condição de vida melhor para nossos irmãos. A Vila Esperança não oferece apenas moradias, mas sim, diversas atividades. No total, 20 casas já foram construídas, estamos construindo uma escola, enfermaria e uma cozinha comunitária que proporciona mais de 4 mil refeições mensais. Além disso, há aulas de capoeiras, sanfona e músicas para que os jovens cresçam acreditando que podem sonhar”, finalizou o Bismarck.
O projeto Chemin du Futur, localizado no Senegal – África, foi criado em 2011 pelo tenente aposentado do Corpo de Bombeiros Militar, Edmilson dos Santos Neto. O objetivo é tirar das ruas, dar condições dignas de vida e preparar os meninos, vítimas do fenômeno de vertente islâmica talibés, para a universidade e mercado de trabalho. Abraçado pela FSF desde 2016, o orfanato oferece toda a assistência em educação, alimentação, atendimentos médicos, capacitação profissional e, recentemente, aulas de idiomas.
“Esse trabalho de resgate e acolhimento aos meninos só é possível porque padrinhos e madrinhas abraçaram essa causa junto com a FSF e, hoje, através do apadrinhamento, possibilitam a manutenção do projeto”, comentou o coordenador, Edmilson Neto.
Ao longo de uma década de projeto, já passaram pela casa de acolhimento 44 meninos, entre seis e 18 anos. Atualmente, 27 estão sendo acompanhados até completarem a maioridade. Este ano, pela primeira vez, um dos acolhidos ingressou no ensino médio senegales.
“Ver um ex-menino de rua que estava sem perspectiva de vida ser o primeiro a alçar o ensino médio e saber que daqui três anos terá a oportunidade de ingressar em uma faculdade é mais do que gratificante, é a prova de que estamos no caminho certo”, finalizou o coordenador.
Em Campina Grande – PB, desde 2017, a FSF atua no apoio ao acolhimento às crianças com microcefalia com o projeto Microcefalia, Amor sem Dimensões junto ao Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto.
“Nós acolhemos crianças e famílias nas dificuldades de cuidar de uma criança com uma doença nova, cujo tratamento é caro e complexo. As dificuldades são muitas, mas é com o apadrinhamento que hoje atendemos mais de 200 crianças no Brasil. Proporcionando não apenas a minimização das sequelas da doença, mas sim uma qualidade de vida máxima que elas merecem”, comentou o coordenador do projeto, Romero Moreira.
Com frentes de trabalhos também em Maceió – AL, Belo Horizonte- MG e em Angola – África, o projeto iniciou este ano o programa piloto de fisioterapia remota e atualmente seis crianças são atendidas remotamente com o suporte clínico.
“O apadrinhamento não é só uma contribuição financeira, é fazer parte de mudanças, é estar in loco no projeto, é poder opinar. Há sempre um olhar para quem quer ajudar, para quem quer ser um grão multiplicado”, comentou Romero. E acrescentou, “Ser padrinho é o maior investimento que você poderia fazer em sua vida. Nada dá tanto retorno quanto se tornar um padrinho. Ser padrinho é ter um retorno na alma”.
Todas as transmissões estão salvas no canal do Youtube da FSF, para assistir, clique aqui.