O auxílio do programa realizado no projeto Acolher Moçambique será destinado aos custos para que os jovens cursem o secundário africano, equivalente ao ensino médio no Brasil
Por Viviane Freitas, assessoria de imprensa FSF
A Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) lançou o Programa Jovem do projeto Acolher Moçambique, em Moçambique. O intuito é, por meio do apadrinhamento, garantir o auxílio financeiro dos custos necessários para que os jovens moçambicanos cursem o secundário – equivalente ao ensino médio no Brasil e posteriormente um curso universitário.
Para participar do Programa, o jovem se inscreve por livre vontade e com autorização do responsável, e passa a ter direito a receber um auxílio financeiro para cursar o nível secundário. A ajuda será para custear as refeições, transporte, taxa de matrícula, uniforme e material escolar. Para ter direito ao benefício financeiro, o jovem deverá se inscrever em um dos cursos de capacitação oferecidos no Centro de Acolhimento da FSF e realizar quatro horas semanais de trabalho voluntário na FSF ou em outra instituição parceira.
“O Programa irá proporcionar a oportunidade da capacitação profissional e educacional além do ensino básico levar até a Universidade”, ressalta o diretor de Relações Públicas da FSF, Andrei Moreira.
Enquanto cumprem com os deveres, os jovens têm a oportunidade de participar de várias atividades culturais e esportivas. Para fortalecer a chance de um jovem acolhido passar no vestibular, a FSF implantou o Estudo Pré-Universitário, que funciona como um cursinho.
Assim como em todos os projetos da FSF, é o apadrinhamento quem garante o funcionamento do Programa Jovem e do Estudo Pré-universitário.
“Assim, unindo a dedicação dos jovens e o apoio essencial dos padrinhos, vamos comemorar a chegada de mais jovens à Universidade. Fraternidade e educação mudam o mundo. Os padrinhos são parte dessa transformação e ajudam a construir um futuro de oportunidade para jovens das aldeias moçambicanas”, detalha a gerente de sustentabilidade da FSF, Priscila Alexandre.
Atualmente, o Projeto Acolher Moçambique permite a permanência de oito jovens nas universidades. A necessidade de pensar na continuidade dos estudos dos acolhidos surgiu pelas dificuldades observadas pela FSF. As escolas secundaristas são distantes das aldeias e não oferecem refeição, além de ser necessário pagar por despesas como transporte e material escolar, o que não seria viável aos jovens.
“Diante dessa realidade, a FSF passou a garantir a continuidade educacional dos jovens do Projeto, assegurando o pagamento das despesas e assim abrindo o caminho para uma nova perspectiva de vida”, comenta o diretor de Relações Públicas da FSF, Andrei Moreira.
Em 2017, o projeto contou com a primeira jovem a entrar em uma Universidade. “Eu fui uma das primeiras crianças a ser acolhida pelo Projeto e sou muito grata por isso, não sei onde estaria se não fosse a FSF. Eu não sei descrever o que eu sinto, somente gratidão aos meus padrinhos que me sustentaram e proporcionaram essa oportunidade”, comenta a acolhida e universitária, Especiosa Marge.
Sobre o Projeto Acolher Moçambique – O Projeto Acolher Moçambique atua nas aldeias moçambicanas, acolhendo crianças que viviam na extrema miséria, a maioria delas órfãs de pais mortos pelo HIV. Nos 30 centros de acolhimento mantidos e administrados pela organização humanitária, o ambiente é de incentivo à vivência fraterna, com alimentação, cuidados com a saúde, orientação à higiene, atividades pedagógicas, recreativas e culturais. É o projeto pioneiro da FSF.