A atriz e ex-modelo esteve em Roraima para ações de prevenção à violência doméstica e sexual
A ex-modelo, atriz e apoiadora da Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF), Luiza Brunet, esteve no Centro de Acolhimento São Vicente 2, do Projeto Brasil, um coração que acolhe, em Boa Vista, Roraima. O objetivo da visita foi reunir as mulheres migrantes e refugiadas venezuelanas, acolhidas pelo projeto, em uma roda de conversa sobre a prevenção e denúncia à violência sexual e doméstica.
Na oportunidade, Luiza Brunet falou da própria história e dos tipos de violência sofridos, como verbal, psicológico e físico, quando teve o rosto ferido e quatro costelas quebradas pelo ex-marido. Ela é integrante do Observatório de Direitos Humanos do Poder Judiciário e realizou a mesma ação em outros centros de acolhimento para refugiados e migrantes venezuelanos, em parceria com a Operação Acolhida e o Ministério Público do Estado de Roraima.
“Agosto é um mês em que falamos muito de violência doméstica. É o chamado Agosto Lilás. Mas temos que falar sempre, todos os meses, todos os dias. O Brasil é o quinto país onde mais se mata e agride mulheres. Por isso, precisamos sempre fazer o alerta e oferecer informações seguras para que as mulheres saiam da situação de violência”, explicou Luiza.
A prevenção à violência contra a mulher é uma preocupação nos centros de acolhimento da FSF. Para o encontro com a Luiza Brunet, a equipe do projeto “Brasil, um coração que acolhe”, no São Vicente 2, organizou uma sala para que as mulheres que tivessem interesse, pudessem conversar com mais privacidade sobre o assunto.
“Vimos como um exemplo para que, se ocorrer, as mulheres reconsiderem e saiam desta situação. Porque como ela fez, todas também podem fazer”, alertou Giulenes Garcia, de 25 anos, que participou do momento mais intimista.
A equipe de Psicologia e Proteção do projeto “Brasil, um coração que acolhe” tem um fluxo de protocolo para os casos de violência contra a mulher, que inclui separar a vítima do agressor para transferência para outro abrigo e registro de boletim de ocorrência, com toda a assistência e acompanhamento do centro de acolhimento do projeto, na Delegacia da Mulher, para solicitação de medida protetiva”, explica a gestora de Casos, Yasmin Sousa. Além disso, o projeto disponibiliza também uma caixinha de sugestões para possíveis denúncias.