As mensagens dão as boas-vindas e os desejos de saúde, persistência e esperança aos acolhidos do Centro de Acolhimento São Vicente 2, em Boa Vista – Roraima
Por: Taemã Oliveira – assessoria de imprensa FSF/Boa Vista – RR
Crianças e adolescentes venezuelanos refugiadas e migrantes acolhidos pelo Projeto Brasil, um coração que acolhe, da Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF), no Centro de Acolhimento São Vicente 2, em Boa Vista – Roraima, receberam, na tarde do último domingo, dia 25 de julho, cartas escritas por estudantes de escolas de todos os cantos do Brasil. A ação é realizada pelo projeto “Mi Casa, Su Casa” – Minha Casa, Sua Casa da Instituição Hands On Human Rights (HOHR), com apoio da FSF e em parceria com a Editora Magia de Ler (Jornal Joca) e Acnur (Agência da ONU para Refugiados).
“Meu amigo me escreveu perguntando se eu gostava de futebol e eu respondi para ele com um desenho do Neymar, meu ídolo no futebol”, disse Joelberg, de 11 anos. Os adolescentes responderam fazendo um breve relato da vida no Centro de Acolhimento da FSF. “Aqui nos sentimos protegidos, também contamos com uma carpintaria e um barbeiro…”, falaram Israel e Antônio, de 14 e 15 anos respectivamente, enquanto a facilitadora escrevia.
As cartas recebidas tinham mensagens de boas-vindas, desejos de saúde, persistência, esperança, além de dúvidas sobre a rotina dos refugiados e migrantes acolhidos no Brasil. Para retribuir o carinho, os acolhidos venezuelanos responderam às cartas com a ajuda de voluntários de colégios da capital roraimense e do jornal O Joca.
“É amor por amor, não é troca de mais nada que não seja essa energia positiva do amor que faz com que a gente se levante todo dia… No primeiro momento já teve um impacto extremamente positivo, algumas pessoas já até me procuraram querendo saber quando vai ter de novo”, contou Vanessa Epifânio, coordenadora geral dos Centros de Acolhimento da Fraternidade sem Fronteiras em Boa Vista/RR.
A atividade de domingo foi a primeira das programadas para o Centro de Acolhimento São Vicente 2. Os passos seguintes do projeto Mi Casa, Su Casa são: a reforma da biblioteca com o apoio da comunidade acolhida, a pintura do local por uma artista plástica, a entrega de mais de 2 mil exemplares de livros infanto-juvenis, arrecadados em diversos estados brasileiros, e a inauguração do espaço. Além disso, também será aplicado um questionário para identificar quais foram os benefícios da implantação da biblioteca e a diferença no hábito de leitura dos acolhidos.
Sobre o Projeto Brasil, um coração que acolhe – atua, desde outubro de 2017, com cinco frentes de trabalho para o acolhimento de refugiados e migrantes venezuelanos nos estados de Roraima e Amazonas, na região Norte do Brasil. As ações são com assistência psicossocial, educacional, médica, reinserção socioeconômica, integração cultural e interiorização.