As crianças do Projeto Acolher Moçambique têm acesso à alimentação, água potável e educação
Por Viviane Freitas, Assessoria FSF
O Dia da Criança Moçambicana é comemorado nesta terça-feira, 1º de junho, data em que a Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) celebra as conquistas que o projeto pioneiro, Acolher Moçambique, já proporcionou a 11.868 crianças que viviam na extrema miséria, sendo a maioria órfãs de pais mortos pelo vírus HIV. O projeto está presente no país desde 2009 e já são quase 14 mil pessoas acolhidas, entre crianças, adultos e idosos com acesso à alimentação, água potável e educação.
Foi a partir do projeto Acolher Moçambique, que as crianças tiveram acesso à educação com matrículas realizadas pela FSF, puderam frequentar a escola e fazerem refeições. Antes, elas precisavam trabalhar para conseguir se alimentar.
A união de voluntários, padrinhos e madrinhas de várias partes do mundo, muda, aos poucos, a realidade das aldeias moçambicanas. Nos 30 centros de acolhimento da FSF são oferecidas 354 mil refeições por mês. Além disso, graças às doações de corações fraternos, as mulheres moçambicanas não precisavam mais caminhar quilômetros para comprar água potável, em 17 centros já há poços artesianos perfurados, que funcionam através de energia solar e beneficiam toda a comunidade.
“Comemorar essas conquistas nesta data significa renovar o compromisso que temos com toda criança no mundo, em particular, com as crianças moçambicanas. Temos tido muitos avanços, muitos progressos a conquistar ainda. O desafio continua”, comenta o fundador-presidente da FSF, Wagner Moura Gomes.
A Organização também tem projetos humanitários em outros três países do continente africano: Madagascar, Malawi e Senegal. Com auxílio de padrinhos e doadores, a Organização acolhe mais de 20 mil pessoas em 44 polos de trabalho e entrega mais de 584 mil refeições por mês, somente na África (a Organização atua também no Brasil).
Pandemia:
Conforme o coordenador do projeto, Alan Xavier, desde o início da pandemia provocada pela Covid-19, foi necessário um ajuste entre a quantidade de refeições oferecidas com o número de acolhidos. “Estamos equilibrando o que temos para atender ao máximo de crianças que conseguimos”, explica.
“Com o cenário atual, hoje não teríamos condições de voltar a cozinhar como antes, se voltássemos, teríamos que oferecer apenas três vezes por semana refeições nos nossos centros de acolhimento. Seria o nosso plano para que os nossos acolhidos não fiquem desamparados”, explica o coordenador, que complementa, “a nossa solução é aumentar o número de apadrinhamentos, são eles que mantêm nossas atividades”, finaliza.
Com R$ 50 mensais é possível contribuir com um projeto e fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.fraternidadesemfronteiras.org.br.
Projeto Acolher Moçambique – nas aldeias moçambicanas, a Fraternidade sem Fronteiras acolhe crianças que viviam na extrema miséria, a maioria delas órfãs de pais mortos pelo HIV. Nos 30 centros de acolhimento mantidos e administrados pela organização humanitária, o ambiente é de incentivo à vivência fraterna, com alimentação, cuidados com a saúde, orientação à higiene, atividades pedagógicas, recreativas e culturais. É o projeto pioneiro da FSF.
Sobre a Fraternidade sem Fronteiras– A FSF é uma Organização humanitária e Não-Governamental, com sede em Campo Grande (MS) e atuação brasileira e internacional. A instituição possui 68 polos de trabalho, mantém centros de acolhimento, oferece alimentação, saúde, formação profissionalizante, educação, cultivo sustentável, construção de casas e ainda, abraça projetos de crianças com microcefalia e doença rara. Todos os trabalhos são mantidos por meio de doações e principalmente pelo apadrinhamento.